1 Hora (feat. João Gordo)

"Toda banda chega a seu ápice, lança seu masterpiece. Alguns logo no ínicio de carreira, outros com o tempo e o amadurecimento chegam lá. O Confronto impressiona desde seu primeiro lançamento, há mais de uma década coleciona fãs e criticas positivas, mas agora com "Imortal" atingem outro nível, e elevam o metal (o rótulo metalcore os limita, não serve mais faz tempo) nacional a outro degrau, um acima.
Com execução perfeita e irretocável, além de uma gravação impressionante - nítida e com punch - "Imortal" não economiza no peso e nos arranjos, com a guitarra e cozinha pesando uma tonelada, na mesma intensidade que detalhes são ouvido aqui e acolá. Por cima tudo, vocais urrados em português, perfeitamente encaixados no instrumental que desaba ao fundo.
Os vocais em ptbr talvez seja uma das coisas que mais impressionam, a banda conseguiu fazer isso de forma natural, não deslocada como acontece em muitos outros conjuntos do estilo. "Imortal" é coeso, corre solto e quando você vê, já foi.
São 12 faixas, com direito a participação de João Gordo (Ratos de Porão), Carlos "Vândalo" Lopes (Dorsal Atlântica) e Felipe Eregion (Unearthly), além do pessoal da banda Lacerated and Carbonized. A de Carlos Vândalo talvez seja a mais significativa, já que o Confronto está hoje no posto que o Dorsal esteve nos anos 1980, a de maior banda de metal do Rio De Janeiro, e entre as maiores do país. Bastão passado involuntariamente, mas merecido, lembrando também que ambos os grupos saíram do lugar comum do som pesado, usando o melhor do punk e do hardcore para dar o diferencial no produto final.
O Confronto se livrou de estigmas, amarras, rótulos e nichos. Se livrou e ultrapassou. Hoje é um gigante, uma rocha firme e pesada tanto quanto seu instrumental. Estão em seu auge, como artistas, como músicos e como instituição. Tem seu lugar na história do som pesado brasileiro e ainda assim não se acomodaram, buscando sempre o melhor. Pronto, chegaram. "Imortal" representa tudo isso, e é seguramente o grande disco do estilo em 2013." Por Wlad Cruz, editor e CEO do site Zona Punk